Ex-ministro 'teria persistido' em propina após deixar o governo, diz juiz. Batizada de Pixuleco, fase ocorre nesta segunda (3) em Brasília, RJ e SP.
O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu foi preso em casa, em Brasília, e levado para a Superintendência da PF (Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo)
A Polícia Federal (PF) prendeu, nesta segunda-feira (3), o ex-ministro José Dirceu, o irmão dele Luiz Eduardo de Oliveira e Silva e mais cinco pessoas, durante a 17ª fase da Operação Lava Jato.
Desde as 6h, a PF cumpre 40 mandados judiciais, sendo três de prisão preventiva, cinco de prisão temporária, 26 de busca e apreensão e seis de condução coercitiva, quando a pessoa é obrigada a prestar depoimento.
Presos até agora, segundo a PF:
- Prisão preventiva
José Dirceu de Oliveira e Silva
Fernando Antônio Guimarães Hourneaux de Moura
Celso Araripe
- Prisão temporária
Roberto Marques
Luiz Eduardo de Oliveira e Silva
Olavo Hourneaux de Moura Filho
Júlio Cesar dos Santos
Pablo Alejandro Kipersmit
- Prisão preventiva
José Dirceu de Oliveira e Silva
Fernando Antônio Guimarães Hourneaux de Moura
Celso Araripe
- Prisão temporária
Roberto Marques
Luiz Eduardo de Oliveira e Silva
Olavo Hourneaux de Moura Filho
Júlio Cesar dos Santos
Pablo Alejandro Kipersmit
Falta apenas um mandado de prisão para ser cumprido em São Paulo. Até o momento, o investigado não foi localizado, e a PF não divulga o nome dele. Ainda não há informações sobre as denúncias relacionadas a todos os presos.
No mandado de prisão para Dirceu, o juiz Sérgio Moro, que julga ações da Lava Jato na primeira instância, diz que o ex-ministro "teria insistido" em receber dinheiro de propina em contratos da Petrobras mesmo após ter deixado o governo, em 2005.
Roberto Podval, advogado que representa Dirceu, afirmou que primeiro vai entender as razões que levaram à prisão para depois se posicionar. Anteriormente, a defesa já havia negado a participação do ex-ministro no esquema de corrupção investigado.
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